terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Que Diretor, que Atores, que Filme!


 
Para falar sobre esse incrível filme, eu tenho que começar pelos personagens principais que foram muito bem escolhidos.

Rooney Mara interpreta Lisbeth Salander um hacker que não consegue interagir com a sociedade e apresenta muitos problemas por traumas de um trágico passado. Com roupas sempre pretas e penteados estranhos, Lisbeth consegue apesar de aparentar fraqueza, ser muito forte principalmente quando a vida exige isso dela.

Daniel Craig nunca atuou tão bem como nesse filme, o atual James Bond consegue se desvencilhar dos personagens de galãs e agentes secretos para fazer o jornalista Mikael Blomkvist, que após passar por um perrengue judicial, é contratado pelo rico Henrik Vanger vivido por Christopher Plummer para solucionar o desaparecimento da sobrinha deste, Harriet, que ocorreu há mais de quatro décadas. Plummer que sempre rouba a cena quando aparece.

Lisbeth e Mikael se unem para investigar o desaparecimento e acabam revelando vários segredos que a problemática família Vanger deseja ver enterrado.
O filme é pesado, não aliviando em nada nas cenas de violência física e sexual. Lisbeth esta na maioria dessas cenas. Mesmo sendo aparentemente frágil não demonstrando sentimentos, isso parece mudar na convivência com Mikael. Os dois mesmo sendo tão diferentes apresentam uma química forte e isso é um ponto forte do filme.

As cenas onde Mikael tenta enxergar algo de errado nas fotos são geniais, pois permite que o público entre no jogo e procure as pistas.
O jeito com que Lisbeth realiza suas investigações é tão bom que ela consegue te cativar, o jeito durona e estranho da hacker desaparece para o publico que passa a gostar da personagem. Ronney Mara conseguiu com que todos gostassem de uma figura tão pouco normal.

O filme já começa com uma abertura sensacional de Trent Reznor e Karen O. para “Immigrant Song”, do Led Zeppelin,a fotografia  de Jeff Cronenweth e a direção de David Fincher fazem com que “ Millennium – Os Homens que não Amavam as Mulheres” seja um dos melhores filmes do ano, sem exageros.

Eu não li nenhum livro de Stieg Larsson e não vi o filme original duas obras que pretendo ver.

O importante a ressaltar é que David Fincher que já fez filmes como Benjamin Button, Rede Social, Clube da Luta e Seven, continua acertando  mesmo quando decide fazer um remake que na maioria das vezes não agrada.

Rooney Mara mereceu ser indicada ao Oscar de Melhor Atriz, uma atuação maravilhosa. Mesmo que todos tenham atuado de maneira brilhante Mara foi disparada a melhor, entrou mesmo de cabeça no personagem e encantou a todos.


Guilherme G. Castro

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Como um jogo de Xadrez

Depois de tantas continuações de filmes bons, percebi que é muito difícil o segundo filme ser melhor que o primeiro, mas com Sherlock Holmes - O Jogo de Sombras, isso foi diferente.


O diretor Guy Ritchie acertou mais uma vez na formula, só que desta vez conseguiu fazer um filme mais inteligente, mais dinâmico e envolvente.
Confesso que até o casamento de John Watson vivido pelo ótimo Jude Law, o filme estava um pouco devagar com algumas piadas forçadas e cenas de ação bem pesadas. Ali pensei que a continuação seria como tantas outras, ainda bem que eu estava errado. Robert Downey Jr volta melhor, mais caricato, mais engraçado e a parceria com Watson está melhor. Os dois apresentam diálogos muito interessantes e tem uma química muito boa.

Na trama o detetive encontra um vilão a sua altura, o professor James Moriarty (Jared Harris) que tem a mente tão brilhante quanto à de Holmes, mas como vilão ele a usa para o mal. A competição entre os dois acelera e diminui o ritmo do filme.

A história começa em 1891 quando um príncipe herdeiro da Áustria é encontrado morto, a princípio suicídio, mas o investigador inglês encontra indícios de que o nobre foi assassinado e que este é apenas o começo de uma trama maior. Para resolver o caso Holmes e Watson tem a ajuda da cigana Simza Heron (Noomi Rapace).
Quem me agradou muito foi o irmão de Holmes, Mycroft Holmes (Stephen Fry) que mesmo aparecendo esporadicamente conseguiu adicionar mais humor a trama. O vilão Moriarty é ótimo, muito inteligente e parecido com Holmes, a disputa entre os dois é muito boa, quando você acha que esta tudo acabado um dos dois sempre tem uma carta na manga, parecendo um jogo de xadrez.
A fuga na floresta é muito bem feita, as tomadas de cena, a fotografia, a trilha fizeram essa parte se destacar em um filme que já merece destaque.
Acho que podemos esperar um terceiro filme que com certeza vai igualar ou superar esses dois. Vamos aguardar.

Nota 9 para esse otimo filme.
Guilherme G. Castro

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Que fim!

Começo hoje a primeira postagem do Efeito Crítica e começo em grande estilo com o filme Sentidos do Amor ( Perfect Sense) ainda inédito no Brasil.








O filme é mais um daqueles sobre uma epidemia que devasta o mundo,na verdade não é mais um e isso que chama atenção. O diretor David Mackenzie fez um trabalho espetacular e escolheu bem seus dois protagonistas vividos por Ewan McGregor ( Um Chef de cozinha) e Eva Green ( Uma cientista). Fora a  trilha sonora e  fotografia de tirar o fôlego.

A sinopse é o seguinte : Recuperando-se do fim de um romance que não deu certo, a médica Susan encontra um paciente com um caso peculiar: depois de sofer uma incontrolável crise de choro, ele perdeu completamente o olfato. Susan descobre que, nas últimas 24 horas, outras centenas de casos idênticos apareceram tanto na Inglaterra quanto em outros países próximos, como França, Espanha e Itália. É quando Susan conhece Michael, um chef, e os dois se apaixonam. A jovem médica vive a promessa de um novo amor, enquanto o mundo à sua volta começa a mudar drasticamente.

E o mundo muda mesmo, as pessoas tem crises de uma hora para a outra e vao perdendo as melhores sensações da vida : Os sentidos.

David Mackenzie não se interessou em mostrar como os cientistas lutavam contra a nova doença como vimos em Contagio ( outro otimo filme) e sim em tentar mostrar como as pessoas vivem, ou pelo menos tentam viver no meio de tudo isso. Acho que é isso que torna o filme tão diferente.

O filme é maravilhoso em todos os sentidos, mesmo sem eles.

Minha nota para Sentidos do Amor é 10. Acho que dei poucos 10 para filmes mas esse me impressionou. Vale a pena conferir.

Guilherme G. de Castro



O começo

Efeito Crítica é um Blog feito com a intenção de fazer críticas de filmes, músicas, programas e tudo que faz parte do nosso cotidiano. Coisas antigas ou recentes, ruins ou boas. Na verdade eu acho que as coisas não podem ser classificadas, cada pessoa tem sua maneira de ver.

Aqui vamos falar dos últimos filmes que eu vi,  de assuntos variados e criticá-los da melhor maneira possível segundo o nosso ponto de vista. Conto com os comentários, críticas e opiniões de todos que sempre serão bem vindos no Efeito Crítica.